Requião aponta os caminhos: “Impeachment de Bolsonaro e referendo revogatório”

Requião aponta os caminhos: “Impeachment de Bolsonaro e referendo revogatório”
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Na sequência do debate sobre uma eventual transição do capitalismo para o neofeudalismo, temos uma excelente explanação do líder político Roberto Requião. O ex-senador afirma que o modo de produção ainda não mudou e que a saída para o Brasil é o impeachment de Jair Bolsonaro, seguido da saída de Paulo Guedes e um referendo revogatório.

Vimos nas duas primeiras publicações – desta série sobre o neofeudalismo – que os cidadãos estão cada vez mais amarrados a plataformas de terceiros. propriedade tem dado lugar ao inquilinato e a maioria somente é capaz de sobreviver atendendo às necessidades dos novos senhores feudais.

Há estudos que dizem que nos próximos anos a ocupação que mais empregos agregará será a dos auxiliares de cuidados pessoais, não os trabalhadores da saúde, mas os auxiliares que dão banho e limpam pessoas. A dependência da classe dominante em relação ao vasto setor de empregados – faxineiros, cozinheiros, merceeiros, caixas, entregadores, pessoal de almoxarifado etc. – sugere novos locais de luta, pontos de fraqueza onde os trabalhadores podem exercer o poder.

As abordagens de tecnologia e plataforma reforçam a hierarquia e a desigualdade. A Renda Básica Universal – mencionada pelo ex-senador Requião nesta entrevista, citando Eduardo Suplicy –  é uma abordagem de sobrevivência insustentável. É preciso devolver ao estado aquilo que tem sido usurpado pelos grandes grupos econômicos e financeiros.

Quando provocamos o aprofundamento do debate com um político nacionalista – como é o ex-senador Roberto Requião – sobre uma eventual transição do capitalismo para uma estrutura neofeudal, buscamos expor tanto o apelo quanto a fraqueza das ideias de esquerda popular. Como já foi mencionado no texto anterior desta série, “negar ou ignorar a decadência do capitalismo e seguir apostando nos ensinamentos de Marx soa ingênuo e, em alguns casos, até arrogante.”

Quando o capitalismo é global, gira em torno de si mesmo, gerando, encerrando e explorando recursos da vida humana por meio de redes digitais e mídia personalizada em massa. Essa autocanibalização produz novos senhores e servos, vastas fortunas e extrema desigualdade, e as soberanias parceladas que garantem essa desigualdade enquanto muitos vagam e definham.

Nesta entrevista com Roberto Requião, os temas abordados são:

1 – O debate em torno de nomes e não de propostas é uma fuga da aceitação de que o problema está no sistema que estamos mantendo?

2 – O desemprego é alarmante em todo o mundo e a ingenuidade de um “capitalismo bom” já não se sustenta. O que fazer para impedir que a miséria seja a realidade predominante?

3 – Se o modo de produção mudou e a especulação financeira é a grande realidade da economia mundial, como impedir que o Brasil seja reduzido a um terreno de exploração?

4 – Quais caminhos o senhor apontaria como saída deste cenário atual que os brasileiros vivem?

  1. Gostei porque citou uma política de controle de capitais. A livre circulação, a livre saída, mesmo para o capital nacional, é usada como poder de especulação contra governos. Mas o Ciro Gomes nunca vi tratar desse tema. A alta do dólar é fator decisivo na alta da inflação, e foi o tiro de misericórdia na Dilma. Penso que é imprescindível regular a saída do capital nacional, restringindo a compra de dólares pelas empresas nacionais, leia-se do setor financeiro, como manobra de derrubar governos que não se submetam à suas exigências.

  2. Eu sinceramente nao entendi as ideias do ex-senador Roberto Requiao ao fazer criticas pela maneira como o Ciro vem tratando: Lula e sua turma, MDB de Michel Temer e Jair Bolsonaro e sua gente, eu prefiro mil vezes um Ciro nacionalista, a um Ciro Gomes paz e amor, pois se isso ocorrer, é mais um na multidão.

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