Mentiras sobre os empréstimos consignados e a taxa de juros

Mentiras sobre os emprestimos consignados e a taxa de juros
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É jargão liberal isso de “baixar juros na canetada”. O custo do crédito é uma DECISÃO POLÍTICA que responde a diversas variáveis econômicas. Mas não é ciência natural, imposição de Deus, é decisão política.

A pergunta real: é possível baixar a taxa de juros do consignado? Sim. Com a redução para 1,7% de juros mês, temos em média 20% de juros ao ano. Um empréstimo que tem rendimento de 20% ao ano é MUITO LUCRATIVO para qualquer banco.

Mais além de render 20% ao ano (com taxa de 1,7% de juros), o empréstimo consignado é uma modalidade de RISCO ZERO. Descontado diretamente na pensão ou aposentadoria e em caso de morte, o seguro cobre. Ou seja, 20% de retorno com zero risco.

Que investimento no comércio, serviços ou indústria garante 20% de lucro com zero risco? Mas a mídia liberal fala que com essa taxa de 1,7%, o custo de captação de crédito não é coberto. Então o empréstimo não seria lucrativo. Isso é verdade? Não!

Custo de capitação de crédito para banco é a taxa selic (13,75%) + risco (de inadimplência etc.). O risco do empréstimo consignado é quase zero e no “pior dos cenários” para os bancos, eles vão ter lucro de 7% com a operação (em média, na prática, seria muito mais).

Então, em resumo, a medida adotada pelo Ministro Lupi não foi nada radical. Não teve nada de baixar juros na canetada. Basicamente aproximou um pouco o custo do crédito consignado da média da OCDE do custo do crédito. Só isso. Os bancos seguem ganhando. E por que tudo isso?

O risco político. O cartel dos bancos ficou exposto. A exploração de todo povo trabalhador do país ficou escancarada. Não aceitam um lucro um pouco menor. A burguesia e os rentistas tem medo onde isso pode chegar. É luta política. É luta de classe contra o rentismo.

Se o Governo Lula manter a Caixa e Banco do Brasil no cartel dos bancos privados e reverter a medida do ministro da previdência, vai provar que é um mero gestor e escravo do sistema bancário e não tem compromisso real com o mínimo de melhoria para o povo trabalhador.