Crise dos Ianomâmis: Equipe do Ministério dos Direitos Humanos chega à Roraima

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Comitiva do ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) chegou à Roraima neste domingo (29) com cinco secretários, além de outros servidores, para missão de cinco dias nas comunidades do povo dos Ianomâmis em Roraima para coletar informações e definir ações sobre como lidar com a crise humanitária pela qual passam os indígenas. Além da equipe que chegou neste domingo, o MDHC deu apoio à iniciativa da Central Única das Favelas (CUFA) e da Frente Nacional Antirracista (FNA) na arrecadação de doações de alimentos e construção de dois centros de saúde para os ianomâmis por meio da campanha denominada “Favela com os Ianomâmis”.

O ministro Silvio Almeida disse para o jornal O Globo que: “A situação do povo ianomâmi só será resolvida com políticas públicas que tenham um caráter de longa duração, ou na síntese perfeita do presidente Lula, “com presença efetiva do Estado”. Enviamos a comitiva a fim de colher informações necessárias para uma atuação assertiva. A partir disso, será elaborado um relatório para as ações do ministério e para apurar as responsabilidades acerca do ocorrido.”

A equipe do MDHC também vai se reunir com promotores de justiça e defensores públicos, líderes indígenas e de movimentos da sociedade civil e órgãos como Ibama e Funai, tendo como objetivo identificar outras lideranças ameaçadas, elaborar um plano de fortalecimento da rede de proteção local e mapear os equipamentos públicos e condição locais de receber as ações de fortalecimento da pasta, informa O Globo.

O presidente da CUFA, Francisco José Pereira de Lima, mais conhecido como Preto Zezé, afirma que 35 toneladas de alimentos já foram distribuídos, e com a ajuda do MDHC e da Funai, a meta é 100. Além de comida, o projeto irá entregar, nesta semana, medicamentos e alguns materiais para a Casa de Apoio ao Indígena (Casai) em Boa Vista. Preto Zezé declarou a’O Globo que: “Vamos entregar máquinas de lavar à Casai, porque até então os profissionais de saúde levavam os lençóis para lavar em casa, já que lá não tem o equipamento. Também vamos comprar chinelos para crianças e jovens hospitalizados e redes para os pacientes se deitarem.”