A esquerda acadêmica quer fugir de debater o futuro. Insistem no passado. Daí a volta de espantalhos da década de 1930. Não me esquivo de opinar. Sou simpático ao legado de Stálin. Nunca chegarei a negar essa minha condição.
Porém, quero discutir o futuro. Sugiro que essa pequena burguesia radicalizada comece a perceber as novas e superiores formas de planificação econômica que estão surgindo na China e como eles estão conseguindo. Essa seria uma tarefa revolucionária, pois implica na batalha contemporânea pelo futuro. Não pelo passado.
A Gosplan hoje é a grande finança estatal. Os chineses não falam mais, como o gênio de Preobrazhenski (amigo de Trótski) em “acumulação primitiva socialista”. Os comunistas chineses falam em carros elétricos e plataforma 6G para maxirracionalizar o processo de produção.
Acordem: a ciência que todo revolucionário deverá dominar no século XXI é a ciência do projetamento criador de utilidade e riqueza ao bem estar humano.
Vamos tomar para nós o conceito de “utilidade” roubada pelos economistas neoclássicos de Aristóteles. Eis um debate teórico fundamental.
Por Elias Jabbour