FHC, o principal estrategista Tucano, é a águia a ser observada. Já percebeu que sua receita “seca”, com os neoliberais tardios e anacrônicos Pérsio Arida e Armínio Fraga, não passa no voto. Inteligente, tenta uma manobra diversionista: colocar seu PSDB na vice de Marina Silva.
A candidata da Rede defende a autonomia do Banco Central, possui fortes ligações com a Banca, é ambientalista, evangélica, veio da esquerda, herda votos de Lula, um “produtão” diante do seu picolé de chuchu. Com um partido minúsculo, Marina seria completamente refém.
É difícil o movimento dar certo. O ex-governador paulista resistirá, mas a frieza dos números e o pragmatismo dos financistas da Avenida Paulista pode acabar falando mais forte. Se acontecer, há de se reconhecer, será uma jogada de mestre que recolocará a elite paulistana no jogo.
Por Ricardo Cappelli
