A desorientação da esquerda e a regulamentação das redes sociais

A desorientação da esquerda e a regulamentação das redes sociais
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A nova moda da esquerda desorientada é defender a “regulamentação das redes sociais” para coibir “fake news” e impedir de “fazer maldade”, “contar mentiras” e “causar prejuízo à sociedade”, nas palavras de “sir” Lula.

Em tempos de Metaverso, comunidades gamers e transhumanismo, a única função que a recriação da Divisão de Censura e Diversões Públicas do DOPS teria seria aboletar em Brasília, às custas do erário público, um monte de come-e-dorme militante que já sabe que, num eventual novo governo de esquerda, essa seria a única forma de conseguir uma boca, porque o Ministério da Economia seria do Meirelles e os demais seriam repartidos entre o Centrão.

Enquanto isso, a direita neo ou pós bolsonarista (Brasil Paralelo, Monark etc.) nada de braçada nas “redes sociais”, fazendo sucesso sobretudo entre os mais jovens, e promove toda uma mudança cultural subterrânea que mais cedo ou mais tarde virá à tona e se fará presente na política, não em nome da “ordem”, que terá se tornado obsoleta num mundo onde quase todas as interações seriam virtuais, mas sim da “liberdade de expressão”, o motor da vida digital, e cujo único inimigo declarado é justamente a esquerda identitária (ou seja, quase toda a esquerda).

Então não tem jeito? Claro que tem. Um seria desligar o Brasil da internet e criar uma intranet nacional, mas isso não vai acontecer, pelo menos não com a esquerda que existe hoje. E é até melhor que não aconteça, pois, diferentemente da China, onde a intranet é para garantir a ordem e os valores tradicionais chineses, aqui seria para fazer do Brasil um imenso DCE. O nono círculo do inferno de Dante seria preferível a uma tirania de Djamila, Jean Wyllys e Miguel Necrolelis.