Ainda estamos distantes da campanha de 2022 e as manifestações de ódio e de desqualificação contra Ciro Gomes por parte de lulistas, aqui em minha página, vem crescendo, em número e em intensidade, de modo exponencial.
E a coisa ainda não começou pra valer…
Qual as razões que explicam tanto ódio e tanta desqualificação?
Isso tem a ver, tal como eu vejo as coisas, com paixões tristes, tal como as define Spinoza.
Quando o irmão mais velho diz para o mais novo que Papai Noel não existe, o segundo fica com muita raiva…
Parte das razões desse ódio aparece na seção dos comentários a qualquer postagem que diga que os lulistas odeiam Ciro.
É tiro e queda! C. Q. D.
Elas e eles nem disfarçam mais.
É catarse na veia…
Lula é uma personalidade política para quem as ideias giram em torno de seu próprio umbigo.
Lula encerra nele mesmo o seu próprio programa político; e não poucos lulistas amam isso, devido ao mecanismo psicológico da “identificação primária”.
Ciro é uma personalidade política que – como negar? – se esforça herculeamente para associar o seu nome a um conjunto de diagnósticos, projetos e propostas; e os lulistas da “identificação primária” não estão nem aí para isso.
Nas críticas que esses lulistas endereçam a Ciro, JAMAIS aparecem as ideias de Ciro, seus diagnósticos, projetos e propostas.
Essa ausência se dá porque as críticas são apenas expressão de paixões tristes, dentre elas, e sobretudo, o ódio…
Porque a “identificação primária” é uma miséria psíquica e porque, como dizia Stendhal, a diferença engendra ódio…
PS
A “identificação primária” é a forma original e primitiva de apego emocional a algo ou a alguém antes de qualquer relação com outras pessoas ou objetos: “a primeira e mais importante identificação de um indivíduo, sua identificação com o pai em sua própria pré-história pessoal… com os pais”. [Freud, “O ego e o id”, Metapsicologia, p. 370 da ed. inglesa]