Guilherme Boulos e o apoio do capital financeiro internacional

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Não há surpresa nem incoerência alguma em 50 tubarões do setor financista apoiarem Boulos. Como eles afirmam, muito corretamente, Boulos representa a esquerda do “renda solidária” e que “descola de um certo anacronismo da esquerda em temas como trabalho, empreendedorismo e parcerias com setor privado”. Ainda o comparam ao prefeito de Londres, Sadiq Kahn, um dos muitos subprodutos do New Labour inaugurado por Tony Blair.

É a esquerda que o Fórum Econômico Mundial ama. A do assistencialismo sem emprego, do social sem desenvolvimento, da inclusão sem cidadania. Uma esquerda “climate-friendly”, afinal, pessoas comuns empregadas, com casa própria, comendo carne toda semana, viajando de avião nas férias, tudo isso destrói o clima. Muito menor é a “pegada de carbono” de quem literalmente só tem um smartphone, uma bicicleta e uma renda básica.

Não, não é só o Boulos. Ele é o modelo apresentado pela grande mídia para toda a esquerda. Não à toa, é celebrado como “nova esquerda” por Sérgio Moro, Globo, Folha, por todos aqueles que participaram da queda do governo Dilma, o último em que, bem ou mal (mais mal do que bem), se valorizou o pleno emprego, as leis trabalhistas, algum desenvolvimento, todas essas “velharias jurássicas” que um dia fizeram parte desse país e que espero voltem a fazer um dia, embora não haja ninguém de peso no atual cenário que defenda isso, nem mesmo o PT, que, a julgar pelo seu Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, já está devidamente “boulificado”.

Algum tapado pode perguntar: “então é pro paulistano votar em quem no domingo?” Sinceramente, tanto faz. Votar em Covas ou em Boulos é votar no Fórum Econômico Mundial. Eu votaria nulo.

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