Aldo Rebelo e os podcasts proibidos pelo progressismo

Aldo Rebelo e os podcasts proibidos pelo progressismo
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Por Fred Lins – Em sua reta final de campanha, Aldo Rebelo circulou por pelo circuito de podcasts que a esquerda petista (alinhada com a mídia mainstream) insiste em marginalizar à direita. O candidato ao Senado foi conversar Monark, Rica Perrone e André Marinho. E, com isso, mostrou ao jovem entendedor de internet, ao repórter esportivo boa praça e ao granfino carioca que o debate politico pode ser muito mais qualificado do que o establishment (indo de PT a Bolsonaro, passando pela Faria Lima) desesperadamente busca empurrar.

De início, Aldo Rebelo não faz a menor pretensão de se apresentar de novo político. No lugar do terninho sem gravata em corte justo, o chapéu (e a história da falta que faz as casas não terem mais o móvel para guardá-lo). Defende expressamente sua vinculação à realidade sertaneja (algo incompreensível aos olhos de quem aprende o Brasil pelos EUA), seu apreço pela religiosidade popular e pela cultura nacional.

Bom de papo, não faz qualquer esforço para se esquivar de temas espinhosos. Pelo contrário, com o tricolor Rica Perrone puxa a polêmica sobre o Morumbi na Copa.

Igualmente, não se enquadra em escolher entre Lula x Bolsonaro ou qualquer outra questão aparentemente divisiva. Natural, um homem que foi presidente da Câmara dos Deputados eleito pelo PCdoB está mais preocupado em manter pontes do que performar virtudes.

Mas a tônica das entrevistas foi a comovida defesa do nacionalismo, não como bravata ou aversão ao estrangeiro, mas enquanto necessidade de promover o desenvolvimento do Brasil e seu povo de forma soberana. Sua própria vinculação com o comunismo significa menos aderência às ideias de Marx enquanto ferramenta para entendimento da realidade, do que admiração ao ideário que inspirou as lutas nacionais contra o imperialismo no século XX.

Demonizado pelo progressismo por não se enquadrar no discurso identitário, ou tampouco respeitar a agenda ambiental criada no ar condicionado das metrópoles do Sudeste (ou do Hemisfério Norte), Aldo Rebelo paira acima da pobreza intelectual ao defender enfaticamente a resolução de questões concretas da população brasileira. Ao invés de buscar proteger uma idílica ideia de um povo indígena intocado, o futuro Senador discute uma população sem água ou energia pousados em cima dos diamantes mais caros do mundo.

Aldo Rebelo é certamente um dos brasileiros dignos de serem chamados de estadistas. Que o chamemos de Senador.

Por Fred Lins, advogado e comentarista de podcasts de humor e política