
Depois do fracasso da edição passada, a única da ‘jestão’ do ex-prefeitop, a Virada Cultural volta a sua caracterização original: ocupar o centro da cidade através da cultura.
Eu gosto da Virada porque as 24h de ocupação festiva, pedestre das ruas, numa cidade marcada pelo primado dos automóveis e pela desigualdade do acesso à cultura, nos permite repensar a cidade, o direito à cidade.
O direito à cidade é um direito de mudar a nós mesmos, mudando a cidade. Transformar a infraestrutura e a cultura urbana é construir um novo modo de vida, e uma nova personalidade para a cidade e seus cidadãos.
O direito à cidade é um direito coletivo porque depende do exercício do poder social para dar nova forma a cidade. Em minha visão, a recaracterização da Virada Cultural, depois do fiasco da edição passada, mostra a manifestação desse direito.
A Virada Cultural revela uma nova cidade a seus habitantes e visitantes: uma cidade acessível 24h, em que as ruas não são só para circulação de automóveis e mercadorias, mas espaço de amplo convívio social, democratização do acesso à cultura e exercício da cidadania.
Não é só pelos shows e pelas celebridades: é pela cidade. Bora curtir a Virada?