Marco Antônio Villa e Reinaldo Azevedo são, às suas maneiras, os comentaristas de maior sucesso no jornalismo político brasileiro. São respeitados por todo o espectro político (da esquerda à direita) e possuem espaço VIP em meios de comunicação comerciais.
Mas qual o segredo de tanto sucesso?
Ora, ora, ora, senão, vejamos:
É o ticket pago ao liberalismo.
Reinaldo Azevedo:
As análises jurídicas do Reinaldo Azevedo são sensacionais. Melhor analista para assuntos legais. Tem desenvolvido um importante e inquestionável papel contra o punitivismo “lavajatista” com reconhecimento, até mesmo, de setores especializados como o grupo “prerrogativas”.
Valor do Ticket pago por Reinaldo Azevedo:
Liberal convicto. Abriu voto em Meirelles no pleito de 2018. Foi favorável à reforma da previdência recentemente aprovada. É favorável à autonomia do BC e outras reformas “liberalizantes”. Demoniza de forma fragmentária, sectária e desprovida de quaisquer contextualizações históricas, importantes estadistas, responsáveis pelo equilíbrio da geopolítica mundial, a exemplo de Putin.
Marco Antônio Villa:
Marco Antônio Villa tem um conhecimento histórico invejável. Uma memória para datas, nomes e eventos que beira a de um superdotado. Tem defendido a ideia de um projeto nacional de desenvolvimento. Trouxe de volta o conceito de “imperialismo”, o que é quase proibido no jornalismo comercial. Saúda com saudosismo governos como os de JK e Geisel, quando o país era liderado com metas e planejamento.
Valor do Ticket pago por Marco Antônio Villa:
“Lavajatista” convicto. Ao mesmo tempo que critica Bolsonaro, Guedes, a atual e desastrosa gestão, defendeu e defende o punitivismo criminoso de Deltan Dallagnol, Moro e asseclas. Punitivismo que reacendeu a antipolítica e o liberalismo mais cruel no país.
Vejam, amigos de luta, é o valor do ticket que fazem desses e tantos outros, fenômenos na mídia comercial.
Onde entramos?
Aproveitemo-nos do impacto de suas palavras, só e somente quando na direção dos interesses do povo, fazendo-as circular ainda mais. Quando entrarem em colisão com a causa, denunciemos.