The Republic of Curityba e a morte do Brasil

The Republic of Curityba e a morte do Brasil sergio moro deltan dallagnol lava-jato
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Amanhã, 04 de julho, comemora-se aqui, nos Estados Unidos, a Independência.

Fogos de artifício serão estourados a torto e a direito em todo o território norte-americano e nas suas respectivas embaixadas. No Brasil, devem oferecer uma festa e tanto a diplomatas e outras celebridades.

A tristeza é saber que, além daqui, a festividade também provavelmente deve ser comemorada em outro lugar, na sua sucursal: The Republic of Curityba, que tem primeiro-ministro e Presidente nomeado pelo Éf-Bi-Ái : Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Conforme notícia divulgada em A Pública, a Força Tarefa da Lava-Jato atuou como feitoria jurídica americana de forma tão escancarada que até foto da Jennifer Lopez queria na sua luta contra a “corrupção estrangeira”. Uma das procuradoras foi curtir Vegas e queria uma foto da cantora para expandir sua peça publicitária. Vira-latismo mór, nauseante, entorpecente e descarado.

A interventora-mór da Republic of Curityba – a senhora Leslie Rodrigues Backschies –  faz parte de um núcleo de combate a corrupção dos sáuth américan countries dirigidos pelo Éf-Bi-Ái.

Não há mais dúvidas: The Republic of Curityba veio para matar o Brasil.

Pensem comigo: se ela fosse realmente uma operação nacional, faria com que a indústria pesada de construção civil brasileira caminhasse à completa falência? Protegeu os empregos perdidos? Garantiu a e consolidou a expansão de nosso alcance nacional em diversos mercados internacionais?

Não.

On the contrary. Implodiu o país por dentro e reforçou ainda mais o desemprego estrutural. Muito se fala que a Lava Jato retornou bilhões aos cofres públicos. Mas e os trillions of billions of dollars que sairam pela porta da cozinha,  perdidos na medida em que a Republic destruiu nossa capacidade geopolítica e industrial?

Como bons vira-latas, em seus tuxedos e bow ties premiados pelos serviços prestados pelo país que comemora a independência em 1776, querem que nosso país seja improdutivo, sem a possibilidade de transformar a matéria-prima em manufaturado. Ou seja, quer que nós sejamos seres “naturais”. Eles tem nostalgia da República Velha. Querem que o país seja um fazendão. Infelizmente, a Lava Jato fez com que a gente voltasse à boa e velha dialética do senhor e escravo de Roland Corbisier.

Quem não tem indústria no mundo de hoje acaba se tornando escravo. E a Lava-Jato é a contribuição para isso. Criou no seio da sociedade uma alienação do povo numa luta contra a corrupção. Uma luta da corrupção “de tolos” como aponta o maior intelectual anti-imperialista hoje no Brasil, o senhor Jessé Souza. Alienação essa acompanhada com passividade por grande parte de nossa intelectualidade, alheia e negadora da nacionalidade.

Fez da luta contra a corrupção como um programa de poder. A corrupção não deve ser um lugar a se chegar, como diria o surpreendente jornalista republicano de direita Reinaldo Azevedo. “Lutar contra a corrupção”, prossegue, é “tão obrigatório como querer tomar banho para uma liderança pública”. Mas uma liderança não pode pautar a defesa do banho como programa de governo[1].

Pensem que se tivéssemos uma estrutura industrial mais robusta, como em tempos anteriores, vidas poderiam ter sido salvas, com reconversões industriais mais dinâmicas, produção de respiradores e máscaras em solo nacional e latino-americano. Sairíamos da rota de pirataria imperialista, que literalmente roubou equipamentos comprados com o dinheiro público de cada compatriota.

A Lava Jato é a sucursal de reprodução do subdesenvolvimento político no país e precisa parar. Cria cortinas de fumaça sempre que acuada, ao partir pra cima de tucanos , para dar uma vestimenta “imparcial” e dizer que “só olha para frente”. Sem sombra de dúvidas: quer eleger Moro President of BraZil, colocar um x de vez na Petrobras e aumentar seu poder de feitor gringo.

Aos historiadores, fica o recado: se antes estávamos acostumados em tomar cuidado com “o nacionalismo” na escrita da história, hoje precisamos repensar a imaginação nacional e produzir um conteúdo que a afirme. Ou começamos a produzir uma historiografia de proteção social que ensina nosso povo  quais são nossas riquezas e o impacto do petróleo na estabilização ou desestabilização dos governos, ou analisaremos o Brasil como um cadáver igual a União Soviética. Algo que , aliás, seria uma benção para os americanos: a fragmentação completa do nosso tecido social e a dissolução de uma grande pátria em repúblicas regionais, talvez divididas entre um Sul de espírito farroupilha neofascista, um sudeste junto ao sertão do centro-oeste e um norte/nordeste mais integrado.

Por enquanto falamos de mortes em massa NA nação brasileira. Passou da hora de olharmos o passado conectados a um futuro sombrio possível, cuja morte será DA nação como um todo.

Alguém, please, pare The Republic of Curityba. Ela é o início da morte do Brasil.

The Republic of Curityba e a morte do Brasil sergio moro deltan dallagnol lava-jato

[1] https://www.youtube.com/watch?v=Nyj-XuRD5eY&t

  1. Olha só, quem é que não sabia que a Lava Jato era uma manobra do imperialismo norte americano na destruição da soberania brasileira? Quem é que não sabia que o imperialismo sempre viu e sempre verá o Brasil e América Latina como a sua reserva de matéria humana descartável e fonte de reserva material? Quem é que não sabe do Destino Manifesto pelo qual se colocam na superioridade moral no qual “santarronamente”fazem oque fazem pelo planeta e ainda querem que a eles sejamos todos gratos?

    Eu particularmente, nunca me enganei. Há amigos e conhecidos e mesmo em fóruns em internet afora pela esquerda (no tempo que ainda jogava pérola aos porcos) já alertava que não era incomum depois que Yasser Arafat ter morrido envenenado pelo Mossad e pelo câncer de intestino de Fidel Castro, termos Dilma, Lula, Chávez, Cristina Kirchner e Fernando Lugo todos acometidos da mesma doença e praticamente todos aos mesmo tempo que Rafael Correa foi baleado no ombro e Lugo sofreu o golpe de Estado que sofreu e ainda cheguei a dizer: não se dá nem 5 anos a contar de 2012 que o Brasil pode sofrer da mesma coisa.

    O alerta do autor do artigo também obrigará a quem está na esquerda ou quem simplesmente deseje pensar e conceber o Brasil como uma nação vertebrada, nos descaminhos que a esquerda liberal e o Uspianismo fizeram a nosso país no pós ditadura: a satanização da história nacional e com ela, a perda também do sentido da nacionalidade e do sentido de pertencimento e reconhecimento enquanto brasileiro e o que nos obriga a sermos e fazermos neste território e enquanto povo, condições fundamentais ao próprio conceito de Estado em si.

    Não há em nada da intelectualidade paulista e uspiana ou unicampista que deseje ou se proponha a edificação da nacionalidade brasileira, nem qualquer enaltecimento da história nacional. Fizemos 170 anos da Batalha de Cerro Corá, e o que foi dito nisso? Nada, e talvez tenha sido melhor do que a visão cínica e deletéria da vida nacional.

    O trabalhismo e todos aqueles que vieram a nos alertar da questão do imperialismo norte americano foram simplesmente ignoradas e esquecidas de nosso país e tratadas como delírio de Guerra Fria: Moniz Bandeira foi boicotado, assim como teve a sabotagem de Brizola. Darcy era um gigante e por isso não foi atacado em vida. Melhor desmerecer e relativizar seu legado depois de morto e toda uma intelectualidade esquerdista liberal de quinta categoria foi elevada a um grau de importância que não tem e que hoje curiosamente estão sempre a dar as caras nas GNT e Globo da vida, para nos ensinar suas “desconstruções”, “lugares de fala” e toda essa bobajada que só tornou a discussão da questão nacional como algo muito duro e difícil para uma gente tão meiga.

    Nem sequer entro nos alertas de Eduardo Prado ou nas lições que o Visconde do Uruguai já nos transmitiam no Império, que só se torna hoje perceptível nas infantilidades e nos politicismos institucionais e sociais vulgares que essa intelectualidade ralé de esquerda tomou a dianteira. Enquanto Márcia Tiburi, Gregório Duvivier, Ale Santos, Lilia Schwartz, Mary del Priore etc forem a formação da consciência nacional, será nisso que seguiremos.

    Em outras palavras, damas e cavalheiros que me leem: ou passamos a construir um discurso nacional formado na ideia de devoção e oferta ao país, em que possamos construir nossa nação com base nos acertos, ou continuaremos a caminharmos no descaminho na não nação, da reminiscência contraproducente e antipatriótica que a esquerda liberal e a política identitária tem feito desde o fim da ditadura até aqui e ser entregue toda a linguagem e a comunicação de ser e pensar como brasileiros ao tenentismo togado de Dallagnol e Moro e saindo na rua com a bandeira de Israel e dos EUA acima da nossa em nosso próprio território.

  2. De hecho la construcción de la nación es una tarea pendiente no solo en Brasil. Está por verse si las experiencias de Cuba, Nicaragua o Venezuela logran su objetivos que como tales tampoco serán estáticos, como nos muestra la historia. El sentimiento nacional resultó postergado como tarea colectiva ante la imposición inmisericorde del individualismo y la competitividad de cuño neoliberal comandado por el imperio y sus diversa expresiones ideológicas, muchas de ellas anidadas en la izquierda que colaboró en la extinsión del proyecto soviético.

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