Dois dias atrás dois identitários decretaram que a África é um continente desenvolvido e que quem disser que não é, é racista.
Isso não é política, isso é psicopatologia. As palavras não mudam a realidade. Se você acha que elas são a realidade, atenção, você é só um psicótico. Procure ajuda.
Mas se você é um psicótico, dificilmente procurará ajuda, então, se você é amigo de um, o ajude ou afaste-se.
O construtivismo social é uma abordagem que transforma as pessoas em psicóticas funcionais, ou seja, passam a se comportar como psicóticas.
Como tentam com todas as suas forças acreditar que tudo é uma construção social, e que tudo o que é construído socialmente o é pela linguagem, abandonam a luta por conhecer e transformar a realidade e a substituem pela luta por controlar e transformar a forma como nos referimos a ela.
É gente que acha que faz a revolução transformando os Panteras Negras de movimento social marxista em personagens da Marvel e que muda a África numa computação gráfica de Wakanda.
O inimigo passa a ser quem fala da realidade social da África, pois está quebrando o acordo implícito de tratá-los como uma supercivilização.
Nada podia ter efeito mais conservador e esterilizante na luta política, por isso o casamento dessa completa aberração moral e cognitiva com o neoliberalismo se tornou forte e será duradoura.
O resultado é cada vez mais bizarro, com policiamento sobre o que se fala da condição social de países, do desejo sexual por obesos ou pelo que as pessoas julgam que é o gênero de outras.
Hoje em dia, se alguém dissesse que o rei da fábula estava nu, seria cancelado.
Em breve, será assassinado.
