O Plano Tecnológico de Xangai 2020-2022

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Nesta Segunda-feira (13/04/2020), o Governo da cidade de Xangai – maior centro comercial e financeiro da China popular – lançou um Plano estratégico para o desenvolvimento da economia de mais alta sofisticação para os anos entre 2020 e 2022, uma espécie de novo desenvolvimento econômico on-line. Na ocasião, Wu Jincheng, diretor da Comissão Municipal de Economia e Tecnologia da Informação de Shanghai, disse que o surto repentino da COVID-19 quebrou o padrão original de produção e vida, e a nova economia online mostrou uma tendência crescente.

Xangai quer atingir entre 2020 e 2022 mais de 100 metas que se referem ao aprimoramento tecnológico, sendo, por exemplo, a criação de 100 marcas inovadoras, a formação de 100 empresas de tecnologia revolucionárias, o lançamento de 100 novas aplicações tecnológicas, a construção de 100 fábricas totalmente AUTOMATIZADAS (sem nenhum operário), 100 inovações em tecnologias essenciais para a indústria, 100 cenários diferentes para a aplicação dessas novas tecnologias e outras tantas que se referem ao aprimoramento da cadeia produtiva da cidade.

Além da construção das mais de 100 fábricas totalmente automatizadas, a cidade também estipulou metas para atualizar as indústrias de máquinas, automóveis, aviação, aeroespacial, biomédica, metal, química e de tecnologia da informação. A atualização industrial aplicará tecnologias de manufatura flexíveis – em nuvem e de compartilhamento – e implantará uma grande quantidade de robôs em linhas de produção e armazéns. A epidemia mostrou a capacidade tecnológica para a edificação de 11 hospitais online na cidade e o fornecimento de 14 mil serviços de diagnóstico e tratamento. Com base nesse sucesso, o plano tecnológico municipal também estipula incentivar a aplicação de consultas e cirurgias remotas baseadas na tecnologia 5G e aplicar ainda mais a inteligência artificial no diagnóstico de doenças, pesquisas e desenvolvimento de medicamentos.

A cidade comercial e financeira chinesa incentiva as empresas a usar plataformas da Internet para obter suas matérias-primas e vender seus produtos. O objetivo é construir 20 plataformas industriais on-line com influência nacional. O plano de ação se concentra em 12 áreas centrais, incluindo fábricas sem a presença de humanos, internet industrial, trabalho remoto, finanças, entretenimento e exposições online, além de entregas sem contato.

Wu, ao encerrar sua fala no evento, mostra a grande capacidade de resiliência da economia de projetamento ante ao caos anterior causado pelo coronavírus: “O plano de ação visa consolidar e promover as boas práticas que surgiram durante o surto do vírus e criar um novo impulso para o desenvolvimento econômico”.

Esse texto tem suas informações retiradas dos próprios veículos estatais da República Popular da China (XINHUA) e de agências de notícias internacionais (Asia Times).

Por Daniel Bispo