No dia em que a PEC 135 será votada na Comissão Especial, ou software ou morte? Que fria! Que tristeza!

No dia em que a PEC 135 será votada na Comissão Especial, ou software ou morte? Que fria! Que tristeza!
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Que saudade do tempo em que a tal “sociedade civil” era nacionalista e não se deixava capturar pelo
establishment! Que belo “serviço” a nossa OAB, CNBB e que tais “prestam” ao país ao se meter nessa encalacrada!

Mas, tudo vale a pena quando a alma não é pequena: esta “corajosa” nota (debaixo da toga da juristocracia ousada e abusada que pensa que tudo pode, inclusive avassalar o Parlamento), mostra em definitivo, para quem quer ver, os parcos (e parvos!) limites da “agenda democrática”, que associada à agenda identitária e ambientalista-salvacionista joga no lixo a tradição crítica e humanista (pedra de toque) da esquerda e da social-democracia e estimulam a polarização emburrecedora, fragmentadora e enfraquecedora da necessária unidade nacional, misturando alhos (aperfeiçoamento e segurança do processo eleitoral) com bugalhos (ideologia, milícias, golpes).

Se não houvesse possibilidade de recontagem dos votos nos EUA, Trump estaria até hoje incendiando o país. O mesmo no Peru.

Como é possível que alguém de boa vontade entre nessa conversa mole do TSE de que nunca houve fraude (e de que não haverá) porque o sistema é inexpugnável, quando a ciência da informação mostra (e a experiência histórica recente confirma) que não existem softwares invioláveis?

Por isso, a regra de ouro da segurança é o princípio da independência do software: um sistema físico que, em redundância, permita identificar erros ou manipulações do software. Isso porque não se pode imaginar que haja segurança em uma pirâmide de softwares (softwares auditando softwares). É assim em todo o mundo. Menos no Brasil, Bangladesh e Butão, segundo a insuspeita de bolsonarismo Patrícia Campos Mello.

Veja este acontecimento no plenário do STF, em julho de 2018, quando o brilhante jovem advogado da Associação Nacional dos Peritos Criminais mostrou aos ministros do STF, no julgamento da ADI 5889, tudo o que precisava ser visto a respeito do assunto. Em vão, infelizmente.

Espero que homens como Requião, Ciro, Aldo Rebelo, Samuel Pinheiro Guimarães e outros luminares nacionalistas da inteligência nacional nos livrem dessa pandemia de lacração “iluminista” que pensa estar fazendo revolução democrática de mãos dadas com o PIG (né, PHA?) e as togas reluzentes que invadiram o sagrado ambiente do debate parlamentar e (sob que “argumentos”?) conspurcaram um processo político que iria, pela quinta vez!, dizer com tranquilidade que o eleitor tem o direito de ver o seu voto na tela do computador e no papel (sem tocar no papel!).

Não vi nenhuma nota indignada da minha OAB e das respeitadas CNBB, SBPC quando, como um raio rompendo o céu azul e depois de alguns cafés-da-manhã com suas excelências togadas, 11 presidentes de partidos (que têm seus processos e contas sendo julgadas pelas mesmas excelências togadas) mudaram sua posição histórica (foram mais de 400 votos que derrubaram o absurdo voto da Dilma em 2015) e passaram a atuar para mudar os seus representantes na Comissão Especial da PEC 135 para solapar a soberania popular e a soberania nacional.

Soberania nacional, sim senhores! O atual software “inexpugnável” que insemina a obsoleta e vulnerável urna mágica de primeira geração brasileira é usada para eleições (federais, estaduais e municipais), mas também para plebiscitos e referendos. Será preciso explicar a importância do sistema eleitoral para a soberania nacional e mesmo a integridade territorial do pais? Ou a algum lacrador “iluminista” pensa que os potentados estatais e privados mundiais assistirão passivamente sentados que o Brasil realize o seu destino de grande Nação e potência econômica e política soberana?

Quem quiser subtrair da soberania popular para entregar nas mãos “iluministas” da juristocracia e dos softwares inexpugnáveis do TSI – Tribunal Superior dê Informática que o faça.

Não contem comigo. O que eu digo e penso hoje é o que penso e digo sempre. Não sou mandado pelo Bolsonaro. Não mudo de opinião ao sabor das opiniões dele. Nem acho o atropelo do Parlamento por ministros do STF um coisinha sem importância.

Eis o que penso: https://m.facebook.com/samuelgomesg/videos/comiss%C3%A3o-de-ci%C3%AAncia-e-tecnologia-comunica%C3%A7%C3%A3o-e-inform%C3%A1tica-audi%C3%AAncia-p%C3%BAblica/2118046038480247/

Já o Requião pensa que o TSE nem devia existir.

  1. Qual é a formação do articulista em Criptografia, em Matematica Computacional ou em Ciência da Computação? É claro que inexiste software inexpugnável. Porém não é disso que se precisa, mas, sim, de sistema que possa ser auditado, que possa ser checado para assegurar que não foi corrompido, que exista igualmente software de segurança. Acreditar que o controle de segurança via voto impresso é fundamental para identificar possiveis violações é o mesmo que sugerir o retorno do transporte conduzido por burros e cavalos para evitar reduzir a emissão de poluentes pelos motores a explosão. O PDT insiste em trilhar uma linha marginal, onde, não apenas na campanha para presidente, passou a se comportar como “terceira via”, se esquecendo que é impossível sentar ao mesmo tempo em duas cadeiras. Na defesa do voto impresso, junta-se objetivamente ao bolsonarismo, oferecendo um ombro amigo para Jair Bolsonaro em seu esforço de perturbação da ordem democrática como parte de um enredo que visa a aplicação de um golpe de estado fascista por grupos vinculados às milícias.

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