Olimpíada e impérios

Olimpiada e imperios
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Na Alemanha, mesmo em pequenas cidades, existem “pontos de apoio olímpico” e isso se traduz em resultados esportivos. Mas é um país dentro do grande consórcio imperialista surgido depois da 2a Guerra Mundial e que se beneficiou ainda da anexação da DDR e da estrutura do socialismo que veio junto. Vale também recordar que se Bismarck não conseguiu as colônias necessárias e Hitler não foi capaz de transformar o Leste Europeu em uma colônia de escravos, Helmut Kohl e sua protegida, Merkel foram bem sucedidos em submeter a Europa Oriental e o mediterrâneo no Lebensraum alemão. O Reich segue vivo na eurocracia e no financismo de Frankfurt.

Do nosso lado da Economia Mundial, há somente espoliação e submissão. Amiúde algum desenvolvimento, arrancado na baioneta em grande parte nos governos de Vargas. Nossas escolas padecem de falta de infra-estrutura básica para educação física e a maioria dos atletas não contou com apoio mais elementar para participar das olimpíadas.

Mesmo assim, estamos na 14a posição em medalhas de ouro, critério correto, deformado pela propaganda do NYT para tentar ocultar a derrota dos EUA para a China. A Alemanha está na 7a posição.

Temos de nos orgulhar disso, mas também nos enfurecer. Porque cada medalha nossa vale o dobro quando pensamos nas condições que nos são impostas. E só mostram o potencial desse povo moreno se não fossem os grilhões imperialistas que nos colocam. Mas também devemos ficar enfurecidos e jamais aceitar ou fetichizar a pobreza na qual somos postos.

Que cada vitória do Brasil seja um grito de revolta contra nossa inserção subordinada na economia mundial.