O risco de se criticar os deuses

Por Álvaro Miranda - Todos sabemos o que é esse risco: ou se é acorrentado no desprezo pelo silêncio dos outros ou se é apedrejado de forma sumária, sem chance de ser julgado antes de condenado, como falava o grande HERIVELTO MARTINS.
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Por Álvaro Miranda – Todos sabemos o que é esse risco: ou se é acorrentado no desprezo pelo silêncio dos outros ou se é apedrejado de forma sumária, sem chance de ser julgado antes de condenado, como falava o grande HERIVELTO MARTINS.

Ainda mais se for uma crítica à grande economista MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, cujo nome dispensa comentários, AINDA MAIS CRÍTICA vinda de um curioso ignorante como eu, presunçoso, metido a falar de politicas públicas.

MARIA DA CONCEIÇÃO DA TAVARES, QUE EU ENDEUSO DE FORMA respeitosa, com carinho e admiração, ao afirmar, em artigo na Carta Maior que RESTAURAR O ESTADO É PRECISO, falou outra coisa importante: QUE LULA FOI UM GRANDE CONCILIADOR, mas que um conciliador perde seu maior poder quando não há conflitos.

Porém, MINHA DEUSA, e falo isso sem ironia alguma, mas sim com muito respeito e carinho, deixou lacunas no seu argumento, pois colocou no horizonte do leitor apenas o nome de LULA e DÓRIA como o CONTRAPONTO BÁSICO QUE OCORRE NO BRASIL. Claro, na perspectiva de afastar esse obscurantismo atual que vivemos.

ESQUECEU-SE DE CITAR CIRO GOMES, mesmo que fosse para criticá-lo. Críticas ao Ciro Gomes poderiam sinalizar pontos esclarecedores, inclusive, iluminando situações em que os conflitos vão ocorrendo, sim, porém, em planos meio invisíveis para a opinião pública convencional.

MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES me pareceu se limitar mais ao saudosismo do que ao diagnóstico mais refinado e minucioso. Disse que a CHINA é uma grande incógnita, mas ela, melhor do que ninguém, sabe que o gigante oriental lá vem reinventando o capitalismo com o ESTADO. Ou seja, com uma redefinição do ESTADO.

Que incógnita, afinal? Em relação a algo que se imagina para o futuro? As coisas estão acontecendo lá agora, neste exato momento, já há duas ou três décadas.

NÃO TEMOS CONDIÇÕES DE FAZER UMA REVOLUÇÃO NÃO, concordo. Mas sim uma reforma visando à radicalização da democracia, para a qual CIRO GOMES vem apresentando propostas concretas, que devem ser criticadas e analisadas, e não simplesmente lacradas ou canceladas. ADORO O LULA, sempre votei nele, e quisera que ele tivesse condições de liderar essa onda, mas infelizmente parece que não tem, conforme reconhece a própria economista.

Por: Álvaro Miranda.

Por Álvaro Miranda - Todos sabemos o que é esse risco: ou se é acorrentado no desprezo pelo silêncio dos outros ou se é apedrejado de forma sumária, sem chance de ser julgado antes de condenado, como falava o grande HERIVELTO MARTINS.

  1. Muito oportuno seu comentário. Admiro Maria da Conceição Tavares. Sua filha fez parte de minha bancada de mestrado na UERJ. Precisamos estar abertos para novas lideranças. Obrigada.

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Por Gilberto Maringoni - Já publiquei esta charge algumas vezes aqui. Ela é de 21 de junho de 2004 e homenageava um furacão que se extinguia naquele dia.
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Brizola, 99