Mourão, pede pra sair

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Por Wallacy Santana – Isolado, perdido, desconfiado e escanteado, esse é o panorama político do atual Vice-presidente da República do Brasil, Hamilton Mourão. O General de quatro estrelas não atravessa bons ares em sua relação com o ex-Capitão e Presidente Jair Bolsonaro. Um casamento que começou conturbado, até porque – hierarquicamente – quem manda é o General, o ex-Capitão obedece (ao menos deveria obedecer).

Nos últimos dias, o Presidente Jair Bolsonaro, comparou o Vice-presidente Hamilton Mourão como aquele cunhado indesejável. Talvez, essa comparação aleatória, reproduz muito menos daquilo que o Presidente Jair Bolsonaro identifica na figura do Vice-presidente.

Uma relação que começa espontaneamente, tem tudo para dar errado. São três anos de governança, mas desde sempre os dois acumulam episódios de ataques indiretos. O diz-que-me-diz, os artefatos da mídia para passar recado, opiniões diferentes e falta de um denominador comum na condução do país, colaboram pra que essa discussão de relacionamento – exposta ao vivo e as cores – nunca acabe.

No centro disso tudo, nosso país como pária internacional. Sendo “governado” por dois desentendidos. Lembrando o velho ditado popular: “cachorro que tem dois donos, morre de fome.”

A indefinição corrobora com todos os entes políticos que aconselham o General e Vice-presidente, Hamilton Mourão, pedir sua renúncia. Até porque, nitidamente, percebemos o quanto ele está cansado de tudo. Agora, parece que a consciência está pesando, querendo ou não, embarcar nessa furada está causando grandes danos. Por mais inconsequente que seja, Hamilton Mourão não chega aos pés da sandice e ignorância de Jair Bolsonaro.

As levezas eleitoreiras passaram, o futuro é completamente incerto. Desestruturado, desgastado e refém do Centrão, fortalecem ainda mais essa saída. Quem buscou esse caminho, também deve ser responsabilizado. Mas, antes de tudo, assumir a culpa é extremamente necessário. Então Mourão, faça esse favor, deixe o “mito” professar sua mitologia formalmente sozinho.

Por: Wallacy Santana.