Loki: Deuses nas urnas

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Terminou a primeira temporada da melhor série Marvel do Disney+, Loki foi arrebatadora em apenas 6 episódios, conseguindo dividir o MCU em antes dela e depois dela com uma trama instigante ala clássicos do mistério e atuações primorosas, em especial de Owen Wilson. Os capítulos são carregados de referências e homenagens aos quadrinhos do universo asgardiano do começo brilhante ao fim, tendo destaque para uma das variantes Loki do 5° episódio que chama a atenção dos leitores de sucessos recentes da Marvel, o “presidenciável Loki”.

Criado em 2016 por Christopher Hastings na esteira das eleições presidenciais estadunidenses Vote Loki nos da um deus da trapaça que, após uma invasão pela HIDRA de um debate político, coincidentemente, salva o dia e fala à imprensa sobre como os políticos são mentirosos ruins e como ele daria um excelente presidente após sua reencarnação, agora como mocinho arrependido.

Afeito a trapaças e encantamentos, Loki descobre que pode obter poder conquistando o coração do eleitorado, para isso, além de ser um “contra tudo que está aí”, manipula a mídia para, mesmo em matérias negativas sobre sua campanha, ter nas manchetes frases positivas, ainda que completamente fora de contexto, explorando o eleitor que só lê a chamada da notícia, e assumindo ocasionalmente a forma de Lady Loki para cativar a parcela feminina dos votantes.

A sátira política aborda a ideia tradicional de demagogos políticos e sensacionalistas que vivem de circos da mídia, mas sob a ótica de um anti-herói aparentemente reformado. Vote Loki é um bom aquecimento e, ao mesmo tempo, cura ressaca para a série surpreendentemente boa do streaming da Disney.