Para tentar manter hegemonia, PT lança o nome de Haddad para o governo de São Paulo após anúncio de Boulos

Para tentar manter hegemonia, PT lança o nome de Haddad para o governo de São Paulo após anúncio de Boulos
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O PT NÃO BRINCA EM SERVIÇO. Nem mesmo esperou cair a ficha do anúncio feito por Guilherme Boulos no sentido de colocar seu nome à disposição das esquerdas para disputa do governo de São Paulo, numa renúncia antecipada á previsível disputa presidencial, e olha a tamancada com que os capos do “aliado” lhe retribuem a gentileza.

A MOVIMENTAÇÃO de Boulos se dá num contexto de disputa interna no PSOL quanto a 2022, após os episódios que recolocaram Lula na vida política, com plenitude de direitos. Até então, e depois de sua votação expressiva na eleição para a prefeitura de São Paulo, seu nome se afirmava como candidato natural. Com o discurso de abertura de campanha com que Lula respondeu á decisão favorável do STF, e a repercussão emocional que gerou, valores distintos se apresentaram á discussão.

E UMA VAGA de adesões precipitadas se iniciou, diante da necessidade premente de barrar o caminho do bolsonarismo numa reeleição, caso o miliciano-chefe sobreviva politicamente até lá, sem ser atropelado por um impeachment. Alguns dos principais protagonistas à frente, o adesismo desenfreado se impôs à necessária prudência. E tome restrições a quem, internamente, mantivesse a posição de defesa da candidatura própria mesmo que não se fechasse portas a negociações posteriores. Ao menos se garantiria algo que pressionasse, no programa de campanha e nas composições estaduais, numa negociação entre partes equilibradas.

MAS QUAL O QUÊ…Com Bolsonaro como pretexto, os frente-amplíssimas se lançaram em campo. Com guinadas à direita, ou com renúncia à disputa maior, já entregavam o Partido antes mesmo de serem convidados a participar da festa.

COMO O neoPT não tem nada com isso, e não olha Frentes a não ser a partir de sua visão hegemonista, a resposta não tardou. Não deram ouvidos aos que, no PSOL, já acenavam a bandeira branca antes do quiproquó se iniciar. E começaram a jogar sem esperar o apito do juiz.

COMO A PRIORIDADE é a luta contra Bolsonaro em todas as frentes, e desde já, por conta dos incontáveis crimes de responsabilidade e denúncias de atitude genocida pela forma como seu governo vem tratando a trágica pandemia, ainda há tempo para retomar o caminho correto. O caminho que mantenha o PSOL em sua identidade própria, com especificidade programática, para que conversas sejam retomadas em ambiente de companheirismo. Para isso, o Congresso previsto para ainda este ano tem que servir.

Luta que Segue!