Greve dos Caminhoneiros: novos desdobramentos

Em emio a greve dos caminhoneiros, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) decidiu entrar em greve a partir da 0h de quarta-feira (30). Os trabalhadores vão parar por 72 horas.
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Na manhã de sábado (26), o presidente Michel Temer e ministros se reuniram para tratar da greve dos caminhoneiros. Após a reunião, o Ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun, declarou que o governo está convicto de que existe a prática de locaute (proibida por Lei) e que a Polícia Federal já tem inquéritos abertos para investigar os casos.

São Paulo – No mesmo dia, Marun se reuniu, em São Paulo, com lideranças do movimento dos caminhoneiros e com o governador Márcio França (PSB), e afirmou que levará novas propostas para Temer, no intuito de encerrar a greve. Dentre as propostas, Marun citou a garantia de que o desconto de 10% (dez por cento) no valor do diesel seja ampliada de 30 (trinta) para 60 (sessenta) dias.

Em paralelo, o Governo de São Paulo anunciou acordo feito com caminhoneiros autônomos: foi concedida a isenção de pedágio por eixo suspenso (quando o pneu não toca no chão), em troca da desobstrução da rodovia Regis Bittencourt ainda no sábado (26) e a liberação de todas as vias até terça-feira (29).

Segundo o governador, o presidente Michel Temer se comprometeu a compensar os R$ 50 milhões mensais ou R$ 600 milhões anuais, decorrentes da isenção do pedágio. Ainda, afirmou que o governo paulista fiscalizará a aplicação do desconto no preço final do combustível.

Como consequência, por volta das 19h de ontem, depois de quase uma semana de bloqueio, os caminhoneiros começaram a deixar o local. Entretanto, alguns caminhões ainda permanecem no acostamento.

Petrobras – A impopularidade de Pedro Parente, presidente da companhia, cresce cada vez mais. Em protesto de apoio à luta dos motoristas, ocorrido na noite da sexta-feira (25), em São Paulo, a Frente Povo Sem Medo e o MTST somaram forças com partidos de esquerda, autonomistas, coletivos e a Frente Brasil Popular, exigindo a saída imediata de Parente, apontado como responsável direto pela mudança na Política de Preços da Petrobras.

Ainda, conforme divulgado pelo Estadão, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante de empregados da Petrobras, decidiu iniciar manifestações a partir deste domingo (27) e, à zero hora da próxima quarta-feira (30), iniciar uma greve de 72 (setenta e duas) horas. A lista de reivindicações da FUP inclui cinco pontos, dentre eles, a demissão do presidente da empresa, Pedro Parente. Além disso, os sindicalistas pleiteiam: i) a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; ii) a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; iii) o fim da importação de derivados de petróleo e iv) a desmobilização do programa de venda de ativos, promovido pela atual gestão da estatal.