Gilmar Mendes e a nota do Ministério da Defesa

LUIZ MOREIRA Gilmar Mendes e a nota do Ministério da Defesa
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Algumas poucas considerações sobre o episódio envolvendo o Ministro Gilmar Mendes e sua afirmação sobre a co-participação do Exército no genocídio praticado pelo governo Bolsonaro:

1) Caso as Forças Armadas não quisessem sofrer críticas deveriam não permitir que seus membros, isto é, oficiais da ativa, compusessem o governo, ocupando postos civis.

2) Não me recordo de notas com o mesmo teor, ou comunicados, indicando que o Ministério da Defesa representará ao PGR os que, como Eduardo Bolsonaro, sugeriram que as Forças Armadas constrangeriam os Poderes constituídos.

3) Estranhos os tempos em que Militares que comandam as três Forças se referem a um Ministro do STF simplesmente como “senhor”, evitando propositalmente o termo “Ministro” ou “Sua Excelência”.

4) Não convém às Forças Armadas, por seus Comandantes, tratamentos não protocolares, devendo observar liturgias nas referências às autoridades, civis ou militares.

5) Tanto os Ministros do STF e, agora, também os Comandantes militares erram ao disputarem a opinião pública, atraindo para si aprovações, tarefa e atribuição exclusivas dos Poderes Executivo e Legislativo.

Ademais, não será o empréstimo da patente de General que desanuviará a incapacidade do Ministério da Saúde de prover e coordenar política pública no combate ao Covid-19.

A pergunta que os militares devem responder é a seguinte: o que um General da ativa faz no Ministério da Saúde?