A crise entre Rússia e Ucrânia começou em 2013 e você não sabia

A crise entre Rússia e Ucrânia começou em 2013 e você não sabia
Protesto da Revolução Ucraniana de 2013–14.
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Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, o conflito entre os dois países foi finalmente deflagrado. Porém, como e quando surgiu a crise que levou a isso?
Há várias respostas possíveis, com datas e acontecimentos diferentes. Decidimos começar a história do conflito Ucrânia-Rússia nos protestos que ocorreram entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014.

Os eventos, conhecidos como a Primavera Ucraniana, podem ser considerados o início da crise atual do país, culminando na deposição e fuga do presidente Viktor Yanukovych e na anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.

Por coincidência é o mesmo ano das Jornadas de Junho no Brasil.

O próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em 24/02/22 que seu objetivo é proteger sua população que vem sendo alvo de abuso e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos, ou seja, desde 2014. Vamos investigar então o que aconteceu.

O Presidente da Rússia Vladimir em pronunciamento à nação em 24/02/2022 sobre a operação militar na Ucrânia.
O Presidente da Rússia Vladimir em pronunciamento à nação em 24/02/2022 sobre a operação militar na Ucrânia.

Sabemos que toda a história tem dois lados, mas geralmente somos apresentados a apenas uma versão e não temos a oportunidade de compará-las. Porém, neste pequeno artigo faremos exatamente isso.

Vamos comparar a narrativa de um documentário pró-União Europeia com a interpretação de um documentário pró-Rússia, para assim ouvirmos o outro lado e investigarmos melhor os pontos cegos da primeira versão.

Acreditamos que “Winter on Fire” apresenta os eventos de 2013-2014 como uma luta entre Bem e Mal e dá um tom moral a eventos geopolíticos complexos.

Praça Maidan antes e depois dos eventos de 2013–14
Em outras palavras, não se trata de apoiar ou condenar qualquer um dos lados, muito menos endossar um conflito armado, mas sim de exercer a crítica para entendermos as reais motivações por trás dos eventos.

O que veremos neste artigo:

  1. Resumo dos documentários.
  2. Como o ponto de vista vende uma história.
  3. A União Europeia como bem incontestável.
  4. Protestos espontâneos e apartidários.
  5. Final feliz.
  6. Desdobramentos do conflito
  7. Agradecimentos e referências.

1. Resumo dos documentários

Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom

O primeiro documentário, “Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom”, foi produzido pela Netflix em Outubro de 2015, concorrendo ao Oscar de melhor documentário em 2016.

Poster de Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom (2015)
Poster de Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom (2015)

Os protestos da praça Maidan em Kiev, capital da Ucrânia e epicentro da revolta, são retratados como uma revolução popular contra o governo corrupto e autoritário de Yanukovych.
De acordo com essa versão, o presidente havia recusado um acordo comercial com a União Europeia devido a seu alinhamento com a Rússia, ainda que fosse a vontade geral da população.

Cúpula UE-Ucrânia, 25/2/2013. Da esquerda para a direita, Viktor Yanukovych, Presidente da Ucrânia, Herman Van Rompuy, Presidente do Conselho Europeu, José Manuel Barroso, Presidente da Comissão Europeia.
Cúpula UE-Ucrânia, 25/2/2013. Da esquerda para a direita, Viktor Yanukovych, Presidente da Ucrânia, Herman Van Rompuy, Presidente do Conselho Europeu, José Manuel Barroso, Presidente da Comissão Europeia.

As manifestações pacíficas na maior praça da capital, então, evoluem para repressão policial, conflito armado e até mortes de civis — eventos registrados vividamente ao longo de todo o filme.

Ukraine on Fire

O segundo documentário, “Ukraine on Fire”, foi realizado pela Another Way Productions e pelo cineasta Oliver Stone, incluindo suas entrevistas com o ex-presidente Yanukovych e o presidente russo Vladimir Putin. Ele estreou em junho de 2016 e está presente no Youtube e no Prime Video.

Poster de Ukraine on Fire (2016)
Poster de Ukraine on Fire (2016)

Sua versão dos acontecimentos descreve os protestos como uma manipulação bem-sucedida feita pela oposição parlamentar ao governo, grupos nacionalistas de extrema direita, ONGs e o Departamento de Estado dos EUA, país interessado no realinhamento político da Ucrânia.

Seu objetivo seria destituir um presidente pró-Rússia, eleito democraticamente, por um governante pró-União Europeia e OTAN, a organização militar composta sobretudo por países da Europa Ocidental e os EUA.

Segundo “Ukraine on Fire”, isso foi atingido fora das vias institucionais, como novas eleições ou impeachment, sendo na prática um golpe de Estado.

2. Como o ponto de vista vende uma história

Winter on Fire (WoF), a narrativa pró-Ocidente, nos apresenta os acontecimentos através dos relatos de vários participantes do conflito, como é comum em documentários.
Porém, quem eles são constitui um poderoso recurso retórico: estudantes, médicos, advogados, militares reformados, religiosos, comerciantes, de todas as idades, gêneros e crenças.

Anna Kovalenko e parte da sua Unidade Feminina de Defesa de Maidan
Anna Kovalenko e parte da sua Unidade Feminina de Defesa de Maidan

A arquiteta Anna Levitanskaja conta suas impressões sobre a marcha dos milhões em direção à praça Maidan, no início dos protestos:
“Havia pessoas com carrinhos de bebê, idosos, deficientes com muletas… Foi incrível! Percebemos que poderíamos mudar alguma coisa”. (17min)
Em suma, são apenas pessoas comuns, honestas e bem-intencionadas que queriam exercer seus direitos civis.

Cena da linha de frente do protesto presente em Winter on Fire.
Cena da linha de frente do protesto presente em Winter on Fire.

Em outro momento, o manifestante Dmytro Holubnychyy, de 16 anos, é filmado por um colega ao falar com a mãe pelo telefone, logo antes de um conflito iminente com a polícia, em meio a destroços e barricadas:

“Oi, acabei de acordar. Mãe, quero dizer uma coisa. Quero que saiba… Mãe, eu te amo” (1h22min).

Cena em que Dmytro conversa com sua mãe em meio ao conflito
Cena em que Dmytro conversa com sua mãe em meio ao conflito

Entretanto, o WoF não revela que a estampa na camisa de Dmytro é o rosto de Stepan Bandera, um líder ucraniano do século XX da Organização de Nacionalistas Ucranianos.

Como mostra o outro documentário, “Ukraine on Fire”, a Organização era um grupo de extrema-direita que colaborou ativamente com os nazistas a partir de 1941, chegando a compor dois batalhões ucranianos sob o comando do serviço de inteligência militar da Alemanha, Abwehr.

Ucranianos saúdam os alemães chegando na Ucrânia Ocidental no verão de 1941
Ucranianos saúdam os alemães chegando na Ucrânia Ocidental no verão de 1941

O grupo de Bandera era profundamente anti-semita, anti-comunista e ficou conhecido pela perseguição e massacre de inúmeros civis judeus e poloneses.
Não sabemos se o jovem manifestante Dmytro Holubnychyy, de 16 anos, entende plenamente quem foi Stepan Bandera, porém ele não é o único a usar essa estampa nos protestos de Kiev.
Aliás, um dos símbolos da Organização de Bandera aparece muitas vezes entre os manifestantes da praça Maidan: a espada com asas laterais, com uma bandeira preta e vermelha ao fundo.

Bandeira do partido político Setor Direito
Bandeira do partido político Setor Direito

A omissão dos símbolos fascistas somada ao perfil das testemunhas mostradas no filme serve para que nós, espectadores, empatizemos com a narrativa de WoF.
Inconscientemente, passamos a ver os eventos a partir do ponto de vista deles e, assim, a comprar sua interpretação dos fatos.

3. A União Europeia como bem incontestável

O gatilho para os protestos da praça de Maidan em Kiev foi a não-assinatura do acordo de livre comércio entre Ucrânia e União Europeia (UE), prometido pelo próprio Yanukovych.
Nas palavras do cirurgião Valerii Zalevskiy:

“As pessoas estão indignadas não só porque o momento é difícil, mas porque roubaram o futuro de nossos filhos”(3min)

O cirurgião cardíaco Valerii Zalevskiy dando seu depoimento sobre o início dos protestos em Kiev
O cirurgião cardíaco Valerii Zalevskiy dando seu depoimento sobre o início dos protestos em Kiev

Segundo “Winter on Fire” (WoF), o então presidente Yanukovych não assinou o acordo por conta do seu alinhamento com a Rússia.
Porém, podemos nos perguntar:

  • Qual a porcentagem de ucranianos apoiando essa medida?
  • Quais os benefícios do livre comércio entre Ucrânia e países como Alemanha e França, membros fortes da UE?
  • Quais as desvantagens para as empresas, o mercado de trabalho e o governo ucranianos?
  • E que perdas comerciais e diplomáticas a Ucrânia teria com a Rússia se aderisse ao livre comércio com a UE?

Nenhuma dessas questões é sequer abordada. Em WoF, o livre comércio com a União Europeia aparece como um bem incontestável e como a única saída para a economia do país.

4. Protestos espontâneos e apartidários

Winter on Fire (WoF) retrata os eventos de 2013–2014 como espontâneos e apartidários.

I — Apartidários

Para justificar o tom apartidário, vemos o relato do jornalista Mustafa Nayyem sobre um episódio que ocorreu nos primeiros dias de protesto:

“Vitali Klitschko (da oposição parlamentar) veio à Maidan quando viu aquela multidão se reunindo ali. Ele trouxe um caminhão com a bandeira de seu partido político, mas as pessoas o obrigaram a tirá-la”. (5min)

O jornalista Mustafa Nayem em Winter on Fire
O jornalista Mustafa Nayem em Winter on Fire

Em outras palavras, os participantes de Maidan não permitiram que nem mesmo a oposição parlamentar ao governo ganhasse capital político às custas das manifestações.
Entretanto, o sentimento de antipolítica não se mantém até o fim. Podemos ver bandeiras ou insígnias dos partidos Svoboda, Setor Direito e Reunião Nacional Ucraniana em vários momentos: 17min, 42min, 1h02min, por exemplo.

Logo do partido de extrema-direita Svoboda
Logo do partido de extrema-direita Svoboda

Além disso, ao assistirmos “Ukraine on Fire” (UoF) de Oliver Stone, vemos o envolvimento e apoio explícitos de políticos e representantes americanos nos protestos. Entre eles:

    • O ex-candidato à presidência e então senador republicano, John McCain;
    • O senador Chris Murphy;

A secretária assistente para assuntos europeus e eurasiáticos, Victoria Nuland;

  • O embaixador americano Geoffrey Pyatt;

 

Em algumas cenas, vemos os dois senadores discursando em gesto de apoio aos manifestantes, o que acirrava um conflito em um território alheio aos Estados Unidos.

Os senadores americanos Chris Murphy e John McCain discursando em apoio aos manifestantes de Maidan
Os senadores americanos Chris Murphy e John McCain discursando em apoio aos manifestantes de Maidan

Em um trecho da entrevista, o próprio Yanukovych relata como o embaixador Pyatt recebia visitas dos envolvidos em Maidan a todo o tempo.

II — Espontâneos

Winter on Fire faz parecer que o espontaneísmo dos manifestantes por si só conseguiu organizar os protestos. Não mostra de que forma um ato político convocado no Facebook conseguiu se estruturar, evoluir e se tornar a maior onda de protestos da Ucrânia do século XXI até então.

Postagem do jornalista Mustafa Nayyem convocando os ucranianos a irem à praça Maidan
Postagem do jornalista Mustafa Nayyem convocando os ucranianos a irem à praça Maidan

Os grandes eventos políticos que ocorreram entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, em Kiev, dificilmente poderiam ter ocorrido sem liderança, treinamento e financiamento.
Algumas perguntas pertinentes que poderiam ter sido feitas pelo documentário para se contar uma história mais realista e justa, são:

  • Quem financiou a infraestrutura dos protestos na praça Maidan?
  • Quem treinou o “exército popular” e construiu as barricadas?
  • Quem coordenou o grupo AutoMaidan, as pessoas de carro que circulavam ao redor da praça e ajudavam os outros manifestantes?
  • Quem sustentou economicamente as pessoas para ocuparem a praça durante os 90 dias de protesto, sobretudo as ditas “unidades de defesa”?
Show feito para os manifestantes de Maidan - Ukraine on Fire (52min)
Show feito para os manifestantes de Maidan – Ukraine on Fire (52min)

A todas essas perguntas o documentário responde que era apenas a iniciativa dos próprios manifestantes ou se mantém em silêncio. As pessoas simplesmente sabiam o que fazer e tem-se a impressão de não haver líderes.

Essa ideia é posta em xeque quando Sergey Coba, reconhecido apenas como “membro de AutoMaidan”, toma a liderança em um palanque e ameaça abertamente o presidente do país:

“Nós, pessoas comuns, falando aos políticos atrás de mim: Yanukovych não será o presidente por mais um ano! Amanhã às 10h ele deve renunciar! (…) Falo em nome da unidade de defesa à qual meu pai também se juntou. Se amanhã às 10h não for feita uma declaração sobre a renúncia de Yanukovych, juro que partiremos numa ofensiva armada!” (1h28min)

Sergey Coba exigindo a renúncia do então presidente Yanukovych. Fonte: Winter on Fire (1h28min)
Sergey Coba exigindo a renúncia do então presidente Yanukovych. Fonte: Winter on Fire (1h28min)

A incitação ocorre no 90° dia de protestos e poderia ser facilmente interpretada como ilegal, criminosa e uma tentativa de golpe de Estado. Porém ela não é alvo de nenhuma crítica no documentário.

5. Final feliz

O documentário pró-Ocidente se encaminha para o fim quando o então presidente Viktor Yanukovych foge de Kiev em direção à Rússia, onde recebe asilo político.
Somos deixados com um final melodramático típico, no qual o espectador acompanha a jornada dos heróis da nação até sua vitória e pacificação.
Todo o sofrimento do Bem contra o Mal, dois lados bem delimitados, é justificado e redimido em um encerramento emocionante.

Finais melodramáticos não envolvem apenas histórias de amor. Qualquer narrativa de luta e sofrimento que é coroada com o Bem vencendo o Mal tem traços melodramáticos.
Finais melodramáticos não envolvem apenas histórias de amor. Qualquer narrativa de luta e sofrimento que é coroada com o Bem vencendo o Mal tem traços melodramáticos.

Esse tipo de solução para uma história tão complexa é no mínimo pobre. Nas relações internacionais, assim como nas humanas, não existem mocinhos e bandidos. Infelizmente, ambos os documentários (pró-Rússia e pró-Ocidente) usam essa estratégia para encerrar suas narrativas.
Em 2014, os protestos de Maidan se espalharam para o leste da Ucrânia, levando instabilidade política a uma região estratégica: a península da Crimeia.
Isso, por sua vez, levou a um plesbicito, à independência do território e sua posterior incorporação pela Federação Russa.

Em 2014, a Península da Crimeia declarou sua independência de Kiev e foi incorporada à Rússia.
Em 2014, a Península da Crimeia declarou sua independência de Kiev e foi incorporada à Rússia.

“Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom” apresenta esses eventos como uma invasão russa, uma reação autoritária contra os protestos legítimos da população, que queria liberdade e alinhamento à UE.

“Ukraine on Fire” retrata a anexação da Crimeia como expressão legítima de ucranianos que se identificavam etnica e culturalmente com a Rússia. O país, por sua vez, teria protegido a população de uma onda de violência vinda de agitadores neofascistas.

6. Desdobramento atual

Mas na realidade os conflitos se dão por uma série de interesses políticos, econômicos, culturais e militares, como o avanço da OTAN e vontade russa de reaver territórios da antiga URSS.
Em outras palavras, a régua moral geralmente não é a melhor ferramenta. Não devemos acreditar na pureza de qualquer um dos lados, o que vale para o desdobramento atual do conflito.

Segundo a Rússia, a operação militar na Ucrânia é apenas uma reação contra radicais que assumiram o poder via golpe de estado em 2014 e ameaçam a segurança russa.

Segundo o Ocidente (EUA, Reino Unido e os países do UE sobretudo), a operação é uma invasão não provocada, um caminho de derramamento de sangue e destruição, uma violação da lei internacional e da soberania de outro país.

Boris Johnson, o primeiro ministro do Reino Unido, considerou os eventos um caminho de banho de sangue e destruição.
Boris Johnson, o primeiro ministro do Reino Unido, considerou os eventos um caminho de banho de sangue e destruição.

O discernimento de saber que não existem Bem e Mal absolutos só vem à medida em que ouvimos os dois lados e exercemos o pensamento crítico. No final das contas, os julgamentos morais não nos ajudam a entender os conflitos geopolíticos, que são guiados por outra lógica.

7. Agradecimentos

Agradecimentos especiais ao canal https://www.instagram.com/geopoliticahoje/ que indicou os dois documentários e instigou seus seguidores a formar sua própria opinião sobre um tema delicado e complexo.

Logo da página do instagram Geopolítica Hoje
Logo da página do instagram Geopolítica Hoje
  1. https://disparada.com.br/integra-discurso-de-vladimir-putin-sobre-a-ucrania/
  2. https://www.cnbc.com/2022/02/24/leaders-of-us-uk-eu-and-canada-condemn-russian-invasion-on-ukraine.html

*As fontes das imagens encontram-se em suas respectivas legendas.

  1. Já sabia do golpe!
    Pesquise sobre a guerra híbrida “Por coincidência é o mesmo ano das Jornadas de Junho no Brasil.”
    Não foi coincidência!
    “os protestos como uma manipulação bem-sucedida feita pela oposição parlamentar ao governo, grupos nacionalistas de extrema direita, ONGs e o Departamento de Estado dos EUA, país interessado no realinhamento político da Ucrânia.”
    Assim foi no Brasil, na primavera árabe e em todos os países que possuíam boas relações com Rússia e China que ameaçam a hegemonia econômico do império do norte do nosso continente. Protestos organizados por uma rede social do pentágono que vigia os usuários. Protestos apartidários, contra corrupção sem liderança.
    Eis a guerra híbrida, mistura de confronto militar, com deposição de políticos não alinhados, manipulação de massas com uso de algoritmos em redes sociais, propaganda de guerra através da mídia comercial e guerra psicológica.

  2. E como o documentário exibido pela Netflix insiste em “mensagem subliminar” de religião ao lado dos manifestantes.

  3. Me desculpe. Mas falta muitos acontecimentos sobre sua suposição sobre a desculpa da Rússia sobre os acontecimentos. E saltar anos para um comentário de Bóris e desfecho é hipocrisia e um resumo pobre sobre os acontecimentos. Deixa a entender que a Rússia invadiu a Ucrânia a muito tempo. Atropelando 8 anos de acontecimentos terríveis e descaso ocidental.

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