O presidente da CEF, na Folha de hoje, defende a missão social do banco público, diz que vai abrir pontos da instituição nos 5.570 municípios, que vai continuar reduzindo os juros do cheque especial – os menores do mercado hoje -, e se coloca contra a privatização da instituição.

Afirma que vai lançar crédito imobiliário com juros pré-fixado e que vai à China e à Índia para trazer ao Brasil a lógica de sucesso das políticas de microcrédito.
Guedes já tabelou os juros do cheque especial e pressiona os grandes bancos através do BC a abrirem espaço para fintechs e bancos digitais nos caixas eletrônicos.
Temos hoje a menor Selic da história e teremos em 2020 a menor taxa real também. Nosso títulos de curto prazo serão trocados por outros, com taxas bem mais civilizadas.
São medidas que não guardam qualquer semelhança com o discurso ultraliberal do início. Flexões táticas? Retórica vazia ou adequação ao “Transatlântico Brasil” que a turma da equipe econômica não conhecia?
Medidas certas? Erradas? Terão impacto na economia real? De qualquer forma, fica a impressão de que a oposição terá que refinar seu discurso. A situação parece estar ficando um pouquinho mais complexa.
Por Ricardo Cappelli