PT entra em modo desespero

GUSTAVO CASTAÑON PT entra em modo desespero lula ciro gomes jaques wagner

Fortes sinais do fim do governo Bozo. As investigações das relações da família criminosa com as milícias avançam terra a dentro de um governo destruído. O nível de irracionalidade e deslealdade de Bozo não pode mais ser ocultado por ninguém, e no mais claro sinal de fim de feira, ele tem dificuldades para encontrar novos ministros que não sejam, pura e simplesmente, quadrilheiros.

Na cultura, Mário Frias. Na Educação, ninguém. Na Saúde, só militares, interinos, aceitam não deixar o governo desmoronar porque nenhum profissional da área quer comprometer sua reputação. Guedes corre para entregar nosso patrimônio no pior preço da história antes que seja tarde.

Mas no PT o clima não é muito diferente. Do plano do Professor Pardal de 2018 de perder a eleição para Alckmin, sobrou Bozo. Agora, do plano de polarizar com Bozo, está sobrando o arquinimigo do PT: Sérgio Moro.

Nada dá certo para o PT desde a reeleição de Dilma em 2014.

E cá entre nós, o que poderia ter dado mais errado para o PT que a própria reeleição de Dilma?

Para Lula, que tem como único projeto para o país ficar fora da prisão, essas são péssimas notícias. Agora que começa a ficar claro que o fim da familícia será a cadeia, também fica claro que o sistema deve buscar equilibrar esse jogo mandando Lula de volta para a prisão pelo processo de Atibaia.

E tem outros.

O que é pior, fica claro que o sistema começa a pintar o juiz-fora-da-lei, amigo da CIA e do FBI, maior destruidor da economia brasileira de todos os tempos, como centrista moderado. Buscam atrair o movimento “Juntos”, do qual fazem parte Haddad e Dino, para sua candidatura. Isso não vai acontecer, é evidente, mas Huck e Doria já foram para o banco de reservas.

O candidato do sistema é Moro.

E a principal plataforma de Moro, explícita ou não, é a destruição do PT.

Tá bom ou quer mais?

Tem mais. Com a dissolução dos índices de Bolsonaro os do PT caíram juntos, frustrando mais uma vez os planos geniais de deus Lula. Na oposição à Bozo claramente ascende a nova frente PDT-PSB-PV-Rede atraindo novos atores, inclusive o Cidadania, órfão de Huck, e o PCdoB, tentando se livrar de sua ancestral relação tóxica de abuso com a UDN de Macacão.

Ninguém aguenta mais o PT. Todos já foram traídos, caluniados, chantageados e humilhados por eles.

E a rejeição de Lula aos movimentos de frente ampla (que o deixaram de lado) pela democracia consolidaram seu isolamento glacial.

Haddad que assinou o “Juntos”, cai apesar de todo o recall do segundo turno e do patético “Lula é Haddad, Haddad é Lula”, e empata com Ciro, que sobe em relação à última pesquisa. No segundo turno, adivinhem, continua perdendo de todos.

Os governadores do PT no Nordeste, incomodados com o egoísmo patológico de Lula, começam a se revoltar com o isolamento do partido e só tem a opção de compor com a nova frente. Apesar do duríssimo discurso de Ciro contra a burocracia petista, figuras como Wagner e Genro fazem sinais de distensionamento com o Cearense.

No sudeste, Lula começa a perder o controle do partido como a fracassada tentativa de candidatura de Haddad e Marta à prefeitura e a vitória de Tatto nas prévias mostram.

E se tudo isso não fosse suficiente, o medo também se espalha na blogosfera petista com as investigações contra o gabinete do ódio bolsonarista e o começo da atuação da yankee sleeping giants. O apelido que Ciro colocou neles pegou.

E tem outro detalhe, a investigação que corre no TSE contra disparos ilegais e fake news nas eleições de 2018.
Diante do cenário desesperador, o pânico se instala na base petista que não sente mais comando claro no partido. Com seu longo histórico de cadáveres e pontes implodidas pelo caminho, a burocracia petista não tem por onde voltar. Reage fazendo a única coisa que sabe, batendo em Ciro cada vez mais.

A última hoje foi uma suposta declaração de Ciro sobre Brizola no início dos anos noventa.

O que parece, mais uma vez, que está dando errado.

Ciro sobrou no tabuleiro como o candidato da política contra a anti-política de Moro-Huck.

A Lula sobrou o mantra de exigir respeito e protagonismo por ser líder do maior partido da oposição brasileira.

Mas as eleições de 2020 se aproximam e o PT não lidera uma única capital.

Esse Professor Pardal…

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