MiniMaia e a direita que teme dizer o seu nome

CANIDATURA LANÇADA PELA CNN, em entrevista, MiniMaia visando a próxima eleição presidencial entra em linha de colisão dificilmente contornável, embora sob mesma proposta política, com Ciro Gomes.

CANDIDATURA LANÇADA PELA CNN, em entrevista, MiniMaia visando a próxima eleição presidencial entra em linha de colisão dificilmente contornável, embora sob mesma proposta política, com Ciro Gomes.

NA MESMA ROTA DE Ciro, MiniMaia se apresenta como o nome ideal para uma aliança entre “centro-direita e centro-esquerda”. Mas com eixo ideológico de modelo econômico sob clara hegemonia neoliberal.

JOGA PARA ESCANTEIO, portanto, quaisquer acordos com apologistas do desenvolvimentismo, supostamente anti-neoliberal, reafirmando, já na disputa da sucessão da Câmara, que agenda de contra-reformas anti-sociais e pró-grande capital sejam a bússola de uma retomada de crescimento nos termos ditados pelas classes dominantes.

ISSO TEM DESDOBRAMENTO incontestável. Ou bem Ciro recua em sua proposta, ou MiniMaia – ou quem vier de seu campo – se torna desenvolvimentista. A centro-esquerda é volúvel. Mas a direita classista, dissimIulada em centro, essa não abre mão do que privilegia.

COMO TAL ACORDO se reafirma cada vez mais como inviável, tudo indica que a centro-esquerda e a direita tradicional dissimulada em centro direita terão, as duas vertentes do status quo, candidaturas próprias no confronto que, no campo conservador, terá ainda um Bolsonaro e sua tropa miliciana e bestializada ou um já ansioso Mourão, se o titular não se segurar até lá na cadeira que ocupa no Planalto.

RESTA ENTÃO o que hoje parece terreno cheio de obstáculos, mas que pode terminar por se impor em função da realidade concreta que a conjuntura vier a determinar. Resta a consolidação de uma verdadeira frente de centro-esquerda, na aliança do Cirismo (PDT, PSB e anexos) com o Lulismo (neoPT). A resolver, entre socos e facadas em sala escura, quem estaria na cabeça da chapa. Lula e Ciro não podem ter deixado de já falar nisso no último encontro que tiveram.

NESSE CONTEXTO, fica aberta a via por onde a esquerda combativa tem que se empenhar. Demarcando território com uma proposta radical contra a hegemonia neoliberal que está degradando nosso País, mas sem perder a perspectiva do objetivo estratégico anticapitalista, marcado por uma superação qualitativa da ordem atual, e a conquista de uma nova sociedade onde a desigualdade social seja atacada de forma implacável.

DEPOIS DE TANTAS agruras que nos vêm sendo impostas, na política e na vida, o povo brasileiro merece seguir os caminhos desenhados pelas lutas na Bolívia e no Chile.

UMA ESQUERDA QUE TEM NOME, #Boulos50
Luta que Segue!!

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