Especial sobre a crise política na Guiné-Bissau – Parte I

Falar sobre a Guiné-Bissau é necessariamente falar sobre uma complexa história de lutas, corrupção, drogas e traições. Quem deseja saber mais sobre o continente africano, deve pesquisar a história deste país que tem como expoente o ideólogo das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral. Ele que criou o PAIGC e influenciou outros líderes, como Agostinho Neto em Angola.

Recentemente, Amílcar Cabral foi eleito por historiadores o segundo maior líder mundial de todos os tempos, numa lista encomendada pela BBC, como aquele que consideraram “o maior líder, alguém que exerceu poder e teve um impacto positivo na humanidade”. Por isso, este especial parte do hoje, uma crise político-institucional gravíssima, para que o leitor possa fazer um paralelo entre o que foi idealizado por Cabral e as distorções deste sonho, iniciadas no seu assassinato, meses antes da conquista da independência do seu país.

Importa informar ao leitor que como autor deste especial carrego as minhas preferências políticas, alinhadas com o pensamento do atual Presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira, um dos políticos mais sérios e preparados que já conheci nos meus 32 anos de atuação na área de comunicação. Esta confissão é parte daquilo que considero ético, pois nunca acreditei em jornalista autodenominado “isento”.

A isenção que busquei para apresentar a atual realidade está no critério de escolha dos entrevistados: jurista, filósofo, jornalista, legalista, defensor dos direitos humanos, etc. todos eles comentaristas de grandes órgãos de imprensa internacionais. Alerto para o baixo padrão da qualidade técnica dos vídeos, pois foram feitas via internet e sob condições de áudio, vídeo, luz e conexão aquém daquilo que seria feito presencialmente.

Nesta “Parte I”, entrevistei o filósofo, analista político e consultor internacional Rui Landim. Espero que possamos iniciar aqui um debate profundo sobre a crise política atual daquele país africano de língua portuguesa, pois é inaceitável que organismos internacionais, ligados à ONU, trabalhem para a legitimação de um ditador (Umaro Sissoco Embaló) suportado por alguns militares sancionados por estarem associados ao tráfico transnacional de cocaína.

Abandone o preconceito, abandone o padrão de exigência e aprenda mais sobre a política africana (Guiné-Bissau).

Por Wellington Calasans, para o Portal Disparada

Assista ao vídeo da primeira entrevista:

Sair da versão mobile