Não existe trabalhismo revolucionário

Não existe trabalhismo revolucionário leonel brizola
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Por Guilherme Polidoro – O conceito de trabalhismo revolucionário é errado por si só. Nos, os trabalhistas, com o perdão da redundância, trabalhamos com o conceito de legalidade. Isso significa disputar poder, implementar nosso projeto de estado e modificar a sociedade por meio da democracia, do voto, do respeito as leis e a Constituição, nunca e jamais por meios de ruptura revolucionários.

Na realidade, quando pegamos em armas por algo, é justamente para defender esses cacos de democracia que conquistamos com muito suor e sangue como povo. E é dentro desta democracia que desejamos implementar e expandir tanto as liberdades democráticas e a democracia econômica para o povo da nação brasileira, com uma exigindo a existência da outra.

Para quem procura rupturas revolucionarias e esse tipo de coisa fora do conceito legalista, o lugar não é no PDT.

A quem possa citar Vargas, esse não nasceu trabalhista. O mais correto seria afirmar que foi tornando-se trabalhista ao mesmo tempo que ajudava a criar a ideia. Mais tarde, com a invenção do antigo PTB e com a sua eleição em 50, ai sim, podemos ver a defesa pelas democracias politicas e econômicas, a defesa do Brasil e de seu povo, a defesa da soberania da nação. Colocar a revolução de 30 como uma revolução trabalhista é além de anacrônico, desonesto intelectualmente.

Por Guilherme Polidoro

Não existe trabalhismo revolucionário leonel brizola

  1. E como fica essa visão quando a elite chuta o pau da barraca e derruba a legalidade? Aí os trabalhistas viram revolucionários? Porque, meu nobre, a CF/88 já não vigora mais e a CLT está sob ataque. E agora, que farão os trabalhistas legalistas? Defenderão as reformas do governo Bolsonaro?

  2. https://portaldisparada.com.br/politica-e-poder/trabalhismo-e-revolucao/?utm_medium=disparada&utm_source=Push&utm_campaign=2020

    Sem o espírito revolucionário não haverá mudança, pois o poder do capital solapa qualquer boa intenção. Veja o Brasil. Enquanto a esquerda dita democrática se apequena a burguesia conservadora, liberal e reacionária se avoluma, toma campo, objetivando a destruição da nação e do povo.
    Se não aceitarmos isso, então estaremos também repudiando ao nosso líder maior. Brizola sempre foi um revolucionário. Na defesa da legalidade pegou em armas e no golpe não esmoreceu, ele iria pra cima dos golpistas.
    Temos de voltar às nossas raízes brizolistas e deixarmos de compactuarmos com as políticas burguesas que só destroem a nação.

  3. Prezado Guilherme Polidoro, não é possível negar o caráter revolucionário do trabalhismo brasileiro. Foi com a Revolução de 30 que Getúlio implementou um novo marco institucional que propiciou ao Brasil o maior ciclo de desenvolvimento da sua história e uma profunda transformação na ordem política, econômica e social. Este novo marco institucional liderado por Getúlio Vargas, sustentado no tripé Soberania Nacional/ Desenvolvimento Econômico/ Justiça Social são as bases da doutrina trabalhista e foram sim conquistados num processo de ruptura institucional revolucionária.

  4. “O trabalhismo nasceu da revolução de 30, de uma inspiração do presidente Vargas, que foi evoluindo de acordo com o processo social, empenhado em garantir direitos à massa dos deserdados.” – Leonel Brizola

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