Antônio Gramsci e Lenin, em momentos diferentes, defenderam abertamente o espírito de cisão, de separação do partido proletário. A unidade, para um comunista, não é um valor universal. Certas unidades, inclusive, significam sacrificar a nossa autonomia política e teórica.
Dito isso, acabaram de me mostrar um vídeo de um debate onde uma mulher (não conheço) ao falar de interseccionalidade, diz que ela é uma “encruzilhada para Exú nunca mais comer marxismo”.
Toda plateia ri e bate palma. Djamila Ribeiro, também no debate, bate palmas de forma entusiástica.
Eu sei que para muitos militantes do movimento negro brasileiro existe a lógica da “união dos pretos”. Eu sinto muito. Mas não quero união [estratégica] com nenhum preto anti-marxista.
Em casos assim, cobro meu direito pelo espírito de cisão. Quero deixar bem evidente a diferença dos campos, as divergências, antagonismo, quero DERROTAR na política e na teoria as pessoas que estavam nessa mesa.
Elas são adversárias políticas. O fato de serem mulheres negras não muda EM NADA a condição de adversário político. Claro, algumas unidades táticas vão acontecer.
Mas não existe possibilidade de unidade estratégica.
E vocês vão perder!