1. A rejeição ao governo aumentou. Nesse ponto, a pesquisa física mostra sua diferença em relação à telefônica, capturando mais as opiniões dos mais pobres. A alta de preços, em especial dos combustíveis, pode ter sido crucial.
2. Lula capturou boa parte dos eleitores dessa rejeição. Há uma distorção conjuntural na pesquisa: ela foi feita uma semana após o casamento de Lula, que gerou explosão de buscas no Google e aumento de seguidores. É uma pauta positiva que pode ter inflado os números de Lula.
3. Ciro não só resistiu à intensa campanha de voto útil promovida pelo PT, como oscilou positivamente (+1%). São os efeitos da exposição de Ciro no eleitorado de centro, centro-direta, e do embate com Gregório Duvivier. Os votos de Ciro são duros, uma base para futura expansão.
4. Não só todos os nomes competitivos da 3ª via acabaram, como Simone Tebet apresentou um desempenho irrisório, fruto do seu desconhecimento. É improvável que a cúpula do MDB, comprada com Lula, mantenha sua candidatura com Lula arriscando vitória no 1º turno. A 3ª via acabou.
5. Olhando a rejeição dos candidatos, Lula possui 33%, Ciro 19%. Bolsonaro, com 54% de rejeição, é completamente inviável no 2º turno. Os únicos dois candidatos viáveis são Lula e Ciro. O Brasil já negou seu momento presente. O eleitor vai escolher agora entre o passado e futuro.