Paulo Guedes, a tchutchuca e o PT

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O ministro da economia, Paulo Guedes, falou em reunião da Comissão de Finanças e Fiscalização da Câmara dos Deputados que foi sondado, na época, pela ex presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Fazenda em lugar de Joaquim Levy.

Disse isso de forma tão natural que não foi contestado nem mesmo pelo deputado Rui Falcão, ex presidente nacional do PT, que falou logo após a revelação do ministro e não o interpelou acerca desse fato.

E Rui Falcão falou duas vezes. Numa segunda intervenção, pedida por questão de ordem, tentou defender as indefensáveis gestões dos indicados pelo PT em fundos de pensão das estatais e, novamente, não desmentiu a sondagem de Dilma a Paulo Guedes.

Nada surpreendente quando lembramos alguns dos grandes comandantes da economia nos governos Lula e Dilma: Antônio Palocci, Henrique Meirelles, Joaquim Levy.

Paulo Guedes tem tudo a ver com eles.

Quando analisamos um pouco mais detalhadamente a política macro econômica dos governos do PT fica mais fácil compreender as afinidades.

Entre 2002 e 2015 a participação do 1% mais rico da população na riqueza nacional passou de 26,2% para 28,3%, uma ampliação de 2,1 pontos percentuais.

Se no mesmo período a participação dos 50% mais pobres passou de 12,6 para 13,9% (aumento de 1,3 ponto percentual, pouco mais da metade do 1% mais rico) as condições perversas de concentração de renda não mudaram.

Quem perdeu participação na riqueza nacional foram os 40% intermediários entre os 10% mais ricos (que aumentaram sua participação de 54,3 para 55,6%) e a metade mais pobre.

Esses 40% tiveram queda em sua participação de 33,1 para 30,6%.

Não foram os muito ricos, portanto, que arcaram com nada na política de distribuição de renda dos governos petistas, mas a classe média.

O Brasil continuou sendo um país onde os extremamente ricos pagam relativamente menos impostos que a classe média e o povão.

Apesar de todas as condições políticas que Lula e o PT tiveram para alterar esse quadro de injustiça.

Os bancos aumentaram exponencialmente seus lucros e os campeões nacionais fizeram a farra.

Isso ajuda a explicar o quase lamento do Lula em suas recentes entrevistas, quando fala que os ricos nunca ganharam tanto quanto nos seus governos e, agora, o abandonaram.

Numa triste sinalização de que faria tudo de novo se tivesse chance.

Uma verdadeira tchutchuca pro sistema financeiro. Igual ao Paulo Guedes.

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