JONES MANOEL: A questão do “Lula livre” nos atos

Lula livre Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)

Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)

Esse debate sobre ter ou não faixas e gritos de “Lula livre” nos diversos atos é muito interessante. Acho, inclusive, ela bastante importante como aprendizado e demonstração de uma tese.

Que aprendizado e que tese? Dizem a torto e a direito que Lula é o maior líder popular da história desse país e talvez até da América Latina. Porém, contudo, todavia, NÃO EXISTE nenhum movimento de massas pelas sua liberdade. Uma coisa é o sujeito que vota em Lula. Outra coisa é essa pessoa tá disposta a sair de casa por Lula.

Lula, como eu e um monte de gente antes de mim já disse, é um líder eleitoral com apelo popular. Não mais um líder popular. Líderes populares, quando presos, engendram a criação de movimentos de massa em sua defesa. Foi assim com Miguel Arraes, Lula dos anos 80, Perón, Prestes, Gregório Bezerra, Hugo Chávez e tantos outros.

O fato de debater se pode “Lula livre” ou não em atos em defesa da educação só mostra como essa pauta, por si só, NÃO TEM QUALQUER CAPACIDADE DE MOBILIZAÇÃO.

O lulismo não queria militantes. Queria eleitores. E eleitor só aperta o botão da urna e volta para casa. O criado não pode agora estranhar a criatura.

Por Jones Manoel

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