Dugin e a contra-ofensiva da Ucrânia no Donbass

Dugin e a contra ofensiva da Ucrania no Donbass

Dugin admitiu que a Ucrânia iniciou uma contra-ofensiva no Donbass, algo que os russófilos duginistas que bancam analistas no Brasil diziam ser impossível.

Segundo eles, a guerra já tinha acabado, os ucranianos não tinham mais homens, suprimentos, munições. Afirmavam que a OTAN estava derrotada, o Ocidente de joelhos, e outros delírios similares que acompanham esse esforço de propaganda.

Dugin, por sua vez, aproveita a contra-ofensiva para pedir no mesmo texto lei marcial na Rússia, fechamento completo do regime com caça aos “traidores”, mobilização militar total, e adoção de uma ideologia patriótica que faça de Putin um “Comandante Supremo” capaz de exigir lealdade absoluta.

Curioso como o criador da QTP clama agora por um regime estritamente fascista em seu país enquanto vende o peixe do autonomismo regional e étnico, fragmentação separatista, e destruição do nacionalismo como solução para países alheios.

Para completar, Dugin defende o uso de armas nucleares táticas, o que considero uma desonra completa e caminho que jogaria o mundo de vez na barbárie.

O duginismo abandonou qualquer possível seriedade teórica, mas seu criador pode argumentar que se sacrifica por amor a seu país, que mergulhou de vez na guerra como alternativa para estancar o cerco da OTAN.

O difícil é entender porque alguns brasileiros continuam nessa já que não atende a nenhum interesse do país em que nasceram e em que vivem.

O duginismo brasileiro é hoje uma expressão de viralatismo tão caricata quanto as réplicas da estátua da liberdade nas lojas da Havan.

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