O Brasil precisa acordar do berço esplêndido

O Brasil dos anos 50 até os anos 70, para alguns economistas e estudiosos de cunho mais Keynesiano e nacional desenvolvimentista consideram o país como “a China da América do Sul” como disse o economista Luiz Gonzaga Belluzzo em uma live para um canal no Youtube. Isto porque durante esses anos tínhamos crescimento muito relevante do PIB que chegou a crescer até 14%, e também tínhamos tecidos industrial com forte potencial para emplacar desenvolvimento do país se comparado com a China por exemplo, e outros países do tigres asiáticos.

Mas alguns podem estar se perguntando, o que aconteceu e por que o Brasil parou de crescer e ficou pra trás nessa corrida para se desenvolver nacionalmente ficando só assistindo o China explodir seu crescimento sofisticação do seu tecido da indústria? Pois bem, no final do anos 80 para os anos 90, o Brasil caiu na estupidez de adotar políticas econômicas mais liberais, as privatizações se instalaram definitivamente na América Latina nos anos 90, estimuladas pela ação do Banco Mundial e do FMI – Fundo Monetário Internacional -, que seguiram a orientação direta do conhecido Consenso de Washington, com a justificativa de que elas incrementariam o crescimento econômico destes países e também a abertura do livre comércio, no governo de FHC, isso foi um dos fatores decisivos para a estagnação econômica e país vem patinando até hoje na tentativa de conseguir se desenvolver e se sofisticar industrialmente.

É necessário portanto, que todos nós tenhamos mente e tenhamos clareza, que para se tornar uma potência industrial, com sofisticação tecnológica como a exemplo do tigres asiáticos que citei acima, ” não foi num passe de mágica” e entretanto “não é receita de bolo”. Precisamos contrair para o Brasil um projeto nacional de desenvolvimento, com metas, com início meio e fim, linha com as melhores práticas internacionais como diz o ex presidenciável Ciro Gomes. É preciso uma política comprometida com a soberania nacional e com a primazia de proteger sua Indústria, de de promover a sofisticação tecnológica do receio industrial e que seja forte e pujante. Caso contrário portanto, ficaremos presos, atrasados, patinando na busca de crescimento, assistindo os outros países se desenvolverem e serem soberanos.

Por Fernando Santos, assessor e militante do PDT em Frecheirinha no interior do Ceará

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